não há quem não goste de um filmezinho cheio de efeitos especiais, com muitas catástrofes naturais, e previsões de fins de mundo que nos provoquem o arrepio e nos alarguem a imaginação sobre o que faríamos se fosse connosco. "Ainda bem que isto é um filme!!!" (enquanto olhamos para o nosso companheiro de filmes e pipocas com as pupilas dilatadas e risos assim pó nervoseco)
Mas a verdade é que já é connosco.
Ainda há mês e tal foi no Haiti, e assistimos horrorizados, (enquanto jantávamos) ao derrocar de um país, que mais não tem, agora, que a remota lembrança do que foi.
Há menos de dois dias, a desgraça bateu-nos à porta. Aqui ao lado. Noutro arquipélago português.
Aos de nós que vivem na insularidade, a ideia de que a qualquer momento algo "natural" nos atinja é no mínimo breath taking.
Não assumimos, mas qualquer temporal, ondas que galgam avenidas, ou rajadas de vento de 100 km/h nos colocam no epicentro do filmezinho blockbuster que relata o fim do mundo para toda a gente,( menos para o escritor, a ex-mulher, os filhos deles e o cão da outra).
tremem-se-me as beiras só de pensar que, se nos acontece algo semelhante, não temos para onde fugir. e depois penso, fugir como, se isto é uma ilha.
Como disse M, no seu último post, aconteceu no meu país, num arquipélago aqui ao lado.
Os meus pensamentos estão convosco, e connosco para que nunca nos aconteça o mesmo.
1 comentário:
Amei este post.
A sério, amiga?
A sério, amiga.
PS. o fim do mundo para toda a gente,( menos para o escritor, a ex-mulher, os filhos deles e o cão da outra) é do melhor.
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